Letra de José Fernandes Castro
Música: Popular *Corrido do Manuel de Almeida*
Repertório de Ricardo Monteiro
O chão da minha cidade
Tem asfalto do futuro
E o povo sente vaidade
Em ter um solo mais puro
O céu da minha cidade
Tem espaços sonhadores
Porque na voz da saudade
Há sonhos muito maiores
O mar da minha cidade
Tem ondas de confiança
Na maré que nos invade
Temos o sal da esperança
Na minha cidade nova
Há sonhos do meu agrado
Nos versos de qualquer trova
Tudo tem sabor a fado
ALMA GRAVADA
Este blogue apresenta poemas de JOSÉ FERNANDES CASTRO (gravados e/ou cantados publicamente).
Destino meu
Letra de José Fernandes Castro
Música de Júlio Proença (fado laiva)
Repertório de Rogério Lourenço
Tantos caminhos
Tanta estrada percorrida
Tantos espinhos
Que dão vida à própria vida
Tanta loucura
Em nome do mesmo amor
Jura por jura
Sonho por sonho maior
Destino meu
Guiado por mão perfeita
Com a saudade à espreita
Nessa esquina que dobrei
Destino meu
Que mesmo de rumo incerto
Faz o longe ser mais perto
Faz o amor ser mais lei
Pé ante pé
Passo de passo marcado
Meu fado é
Retrato do meu passado
Assim lá vou
Cumprindo na perfeição
Esta paixão Que a vida me destinou
Repertório de Rogério Lourenço
Tantos caminhos
Tanta estrada percorrida
Tantos espinhos
Que dão vida à própria vida
Tanta loucura
Em nome do mesmo amor
Jura por jura
Sonho por sonho maior
Destino meu
Guiado por mão perfeita
Com a saudade à espreita
Nessa esquina que dobrei
Destino meu
Que mesmo de rumo incerto
Faz o longe ser mais perto
Faz o amor ser mais lei
Pé ante pé
Passo de passo marcado
Meu fado é
Retrato do meu passado
Assim lá vou
Cumprindo na perfeição
Esta paixão Que a vida me destinou
Cidade jovem
Letra de José Fernandes Castro
Música de Miguel Ramos *fado margarida*
Repertório de Alfredo Almeida (ao vivo)
Enquanto eu envelheço na cidade
Onde nasci, cresci e me fiz homem
A cidade mantém a mesma idade
Parece até que as dores não a consomem
Cada vez mais esbelta, mais airosa
Mais senhora de si, mais companheira
Esta cidade-mulher, poema-prosa
Mantém a sua alma de tripeira
Enquanto eu envelheço lentamente
A cidade que eu amo é sempre nova
Cidade que será eternamente
O mote mais sublime duma trova
Trova que cantarei enquanto possa
Trova que quero ver engrandecida
Esta cidade é tão minha, quanto vossa
Esta cidade é sol dentro da vida
Enquanto eu envelheço na cidade
Onde nasci, cresci e me fiz homem
A cidade mantém a mesma idade
Parece até que as dores não a consomem
Cada vez mais esbelta, mais airosa
Mais senhora de si, mais companheira
Esta cidade-mulher, poema-prosa
Mantém a sua alma de tripeira
Enquanto eu envelheço lentamente
A cidade que eu amo é sempre nova
Cidade que será eternamente
O mote mais sublime duma trova
Trova que cantarei enquanto possa
Trova que quero ver engrandecida
Esta cidade é tão minha, quanto vossa
Esta cidade é sol dentro da vida
Trovador e marinheiro
Letra de José Fernandes Castro
Música de Casimiro Ramos *fado três bairros*
Repertório de Alberto Veloso (ao vivo)
Não sendo já grito mudo
O fado é além de tudo
Um grito de voz presente
Com amarras no passado
Fado de hoje, é outro fado
Pulsando dentro da gente
Cresceu aos olhos do mundo
Bailando ao som tão profundo
Das guitarras do seu tempo
Soltou-se por toda a parte
E pelos braços da arte
Transformou-se em monumento
Não sendo já, voz calada
Despontou nova alvorada
Nos silêncios da revolta
Qual trovador marinheiro
Viaja p’lo mundo inteiro
Sem algemas, sem escolta
Quando quer falar ao povo
Faz-se velho, sempre novo
Faz-se novo com idade
A seu lado, a poesia
Mantém a mesma magia
Das rimas sem liberdade
Repertório de Alberto Veloso (ao vivo)
Não sendo já grito mudo
O fado é além de tudo
Um grito de voz presente
Com amarras no passado
Fado de hoje, é outro fado
Pulsando dentro da gente
Cresceu aos olhos do mundo
Bailando ao som tão profundo
Das guitarras do seu tempo
Soltou-se por toda a parte
E pelos braços da arte
Transformou-se em monumento
Não sendo já, voz calada
Despontou nova alvorada
Nos silêncios da revolta
Qual trovador marinheiro
Viaja p’lo mundo inteiro
Sem algemas, sem escolta
Quando quer falar ao povo
Faz-se velho, sempre novo
Faz-se novo com idade
A seu lado, a poesia
Mantém a mesma magia
Das rimas sem liberdade
Porto de céu aberto
Letra de José Fernandes Castro
Música de Francisco Viana fado vianinha*
Repertório de António Luciano (ao vivo)
O teu nome é masculino
Mas tens perfume de rosa
Meu Porto, meu cais menino
Minha cascata formosa
Embora sejas modesto
Tens a nobreza real
Dum povo humilde e honesto
Dedicado e mui leal
O teu céu é céu aberto
Onde o sonho tem mais cor
Onde o longe se faz perto
E o fado tem mais sabor
No sentimento profundo
Que nos dá melhor conforto
Todos os sonhos do mundo
Moram em ti, velho Porto
O teu nome é masculino
Mas tens perfume de rosa
Meu Porto, meu cais menino
Minha cascata formosa
Embora sejas modesto
Tens a nobreza real
Dum povo humilde e honesto
Dedicado e mui leal
O teu céu é céu aberto
Onde o sonho tem mais cor
Onde o longe se faz perto
E o fado tem mais sabor
No sentimento profundo
Que nos dá melhor conforto
Todos os sonhos do mundo
Moram em ti, velho Porto
O lápis da ternura
Letra de José Fernandes Castro
Música de Jaime Santos *fado sevilha*
Repertório de José Carlos (ao vivo)
Com o lápis do prazer
E a tinta do desejo
Pintei, p’ra te oferecer
Um luar a renascer
No entardecer dum beijo
Depois, pintei uma estrela
Brilhando lá no espaço
Tinha marca de donzela
E só consegui prendê-la
Na força do teu abraço
Levei a estrela no peito
E guardei-a na memória
Agora só me deleito
Porque sinto que é perfeito
O amor da nossa história
Quero voltar a pintar
Outro quadro d’esperança
E quero simbolizar
O fogo do teu olhar
No olhar duma criança
Repertório de José Carlos (ao vivo)
Com o lápis do prazer
E a tinta do desejo
Pintei, p’ra te oferecer
Um luar a renascer
No entardecer dum beijo
Depois, pintei uma estrela
Brilhando lá no espaço
Tinha marca de donzela
E só consegui prendê-la
Na força do teu abraço
Levei a estrela no peito
E guardei-a na memória
Agora só me deleito
Porque sinto que é perfeito
O amor da nossa história
Quero voltar a pintar
Outro quadro d’esperança
E quero simbolizar
O fogo do teu olhar
No olhar duma criança
As duas leis
Letra de José Fernandes Castro
Música de Alfredo Mendes *fado latino*
Repertório de Leopoldo Morgado (ao vivo)
Sou alfacinha, pela lei da vida
P’la lei do coração, sou bem tripeiro
Não sou presença viva dividida
Sou português, fadista e companheiro
Sou povo na palavra do poeta
Ou poema com força de raiz
E quando a minha alma se liberta
Eu sinto a emoção de ser feliz
Eu quero ser mensagem entendida
Quero ser do amor, o mensageiro
Sou alfacinha, pela lei da vida
P’la lei do coração, sou bem tripeiro
As duas leis, ás quais eu dou guarida
São marca do meu tempo verdadeiro
Para não ser matéria dividida
Sou português, fadista e companheiro
Música de Alfredo Mendes *fado latino*
Repertório de Leopoldo Morgado (ao vivo)
Sou alfacinha, pela lei da vida
P’la lei do coração, sou bem tripeiro
Não sou presença viva dividida
Sou português, fadista e companheiro
Sou povo na palavra do poeta
Ou poema com força de raiz
E quando a minha alma se liberta
Eu sinto a emoção de ser feliz
Eu quero ser mensagem entendida
Quero ser do amor, o mensageiro
Sou alfacinha, pela lei da vida
P’la lei do coração, sou bem tripeiro
As duas leis, ás quais eu dou guarida
São marca do meu tempo verdadeiro
Para não ser matéria dividida
Sou português, fadista e companheiro
Abrir mão
Letra de José Fernandes Castro
Repertório de Henrique Ramos (ao vivo)
Música de Fontes Rocha *fado isabel*
Música de Fontes Rocha *fado isabel*
Abro mão de quase tudo
Que por amor construí
Mas não abro mão de ti
Meu sonho secreto e mudo
Abro mão da luz da lua
Que tanto luar me deu
Fazendo com que o teu céu
Fosse o céu da minha rua
Abro mão da melodia
Com que vesti o meu canto
Abro mão até, do espanto
Com que leio poesia
A vida que não escolhi
Nada deu de mão beijada
E não abro mão de ti
Porque sem ti não sou nada
Que por amor construí
Mas não abro mão de ti
Meu sonho secreto e mudo
Abro mão da luz da lua
Que tanto luar me deu
Fazendo com que o teu céu
Fosse o céu da minha rua
Abro mão da melodia
Com que vesti o meu canto
Abro mão até, do espanto
Com que leio poesia
A vida que não escolhi
Nada deu de mão beijada
E não abro mão de ti
Porque sem ti não sou nada
Berço do fado
José Fernandes Castro
Música de Carlos da Maia
Música de Carlos da Maia
Repertório de Manuel Cardinal
Tens sempre para nos dar
O encanto que tem o mar
Sempre que a noite acontece
Com rara soberania
Vais pondo aromas no dia
Sempre que o sol aparece
Tens o enorme talento
Dum poema ternurento
Do Raínho ou do Ary
Quase que tenho a certeza
Que o fascínio da beleza
Foi inventado por ti
Tu és voz mistificada
Que entoa na madrugada
E no céu do meu espaço
Uma voz de raro brilho
Qual mãe que pariu um filho
E o aperta num abraço
Tu és voz que surpreende
Quando ninguém compreende
Os fogos da tua dor
Tu és voz que se levanta
Sempre que a saudade canta
Versos dum perfeito amor
Tens sempre para nos dar
O encanto que tem o mar
Sempre que a noite acontece
Com rara soberania
Vais pondo aromas no dia
Sempre que o sol aparece
Tens o enorme talento
Dum poema ternurento
Do Raínho ou do Ary
Quase que tenho a certeza
Que o fascínio da beleza
Foi inventado por ti
Tu és voz mistificada
Que entoa na madrugada
E no céu do meu espaço
Uma voz de raro brilho
Qual mãe que pariu um filho
E o aperta num abraço
Tu és voz que surpreende
Quando ninguém compreende
Os fogos da tua dor
Tu és voz que se levanta
Sempre que a saudade canta
Versos dum perfeito amor
Nem sempre é alma de fado
Letra de José Fernandes Castro
Música de Alfredo Duarte *Marceneiro*
Repertório de Manuel Delindro (ao vivo)
Uma voz que nos encanta
No sopro que se levanta
Ao compasso anunciado
Nem sempre nos dá magia
Nem sempre nos arrepia
Nem sempre é alma de fado
Uma guitarra gemendo
Com a viola envolvendo
Acordes do nosso agrado
Nem sempre vibra a preceito
Nem sempre nos enche o peito
Nem sempre é alma de fado
Alma de fado só tem
Quem sente como ninguém
As mensagens da saudade
Alma de fado é a vida
Qual história acontecida
Em nome da felicidade
Repertório de Manuel Delindro (ao vivo)
Uma voz que nos encanta
No sopro que se levanta
Ao compasso anunciado
Nem sempre nos dá magia
Nem sempre nos arrepia
Nem sempre é alma de fado
Uma guitarra gemendo
Com a viola envolvendo
Acordes do nosso agrado
Nem sempre vibra a preceito
Nem sempre nos enche o peito
Nem sempre é alma de fado
Alma de fado só tem
Quem sente como ninguém
As mensagens da saudade
Alma de fado é a vida
Qual história acontecida
Em nome da felicidade
Questões da alma
Letra de José Fernandes Castro
Música de Miguel Ramos *fado alberto*
Repertório de Pedro Ferreira (ao vivo)
Falei há pouco tempo com o tempo
E perguntei p´lo tempo que vivi
O tempo respondeu; espera um momento
Hoje não tenho tempo para ti
Falei há pouco tempo com a vida
Para tentar saber que vida tenho
A vida respondeu-me de seguida;
Eu não tenho medida nem tamanho
Falei com a saudade e com o fado
O casal mais perfeito que conheço
Perguntei porque andam lado a lado
Responderam; é assim desde o começo
Falei há pouco tempo com o amor
Perguntado que amor posso esperar
O coração respondeu; tens o melhor
E o maior amor que pude dar
Falei há pouco tempo com o tempo
E perguntei p´lo tempo que vivi
O tempo respondeu; espera um momento
Hoje não tenho tempo para ti
Falei há pouco tempo com a vida
Para tentar saber que vida tenho
A vida respondeu-me de seguida;
Eu não tenho medida nem tamanho
Falei com a saudade e com o fado
O casal mais perfeito que conheço
Perguntei porque andam lado a lado
Responderam; é assim desde o começo
Falei há pouco tempo com o amor
Perguntado que amor posso esperar
O coração respondeu; tens o melhor
E o maior amor que pude dar
Tribunal do amor
Letra de José Fernandes Castro
Música de José Marques *fado triplicado*
Repertório de Maria do Sameiro (ao vivo)
Com grande leviandade
Acusaram a saudade
De fazer chorar o mundo
Disseram até que o sonho
Morreu muito mais tristonho
E de desgosto profundo
Ao tribunal do amor
Foi a saudade depôr
Num processo bem antigo
Levou como advogado
O nosso bendito fado
Seu fiel e grande amigo
Melhorou a situação
Quando o senhor coração
Se fez ouvir com agrado
Dizendo num tom bem forte
Que o rumo da nossa sorte
Depende do nosso fado
A audiência findou
Quando o juiz decretou
Esta lei de sensatez
Em nome do sentimento
A saudade fica dentro
Do coração português
Repertório de Maria do Sameiro (ao vivo)
Com grande leviandade
Acusaram a saudade
De fazer chorar o mundo
Disseram até que o sonho
Morreu muito mais tristonho
E de desgosto profundo
Ao tribunal do amor
Foi a saudade depôr
Num processo bem antigo
Levou como advogado
O nosso bendito fado
Seu fiel e grande amigo
Melhorou a situação
Quando o senhor coração
Se fez ouvir com agrado
Dizendo num tom bem forte
Que o rumo da nossa sorte
Depende do nosso fado
A audiência findou
Quando o juiz decretou
Esta lei de sensatez
Em nome do sentimento
A saudade fica dentro
Do coração português
A noite do cansaço
Letra de José Fernandes Castro
Música de Mike Martins
Repertório de Fernanda Moreira
A saudade emoldurada
P’lo arvoredo calado
Do Vasco, seu trovador
Vagueia na madrugada
Sempre embalada p’lo fado
Que se canta com amor
A noite que o Vasco amou
Foi leito onde descansou
Cansaços d'amor fatal
Porque a noite também tem
Poemas onde ninguém
Rejeita o verso final
Ser da noite um filho noite
É merecer um acoite
No abraço genuíno
A noite tem o poder
De apagar e acender
A luz do próprio destino
Repertório de Fernanda Moreira
A saudade emoldurada
P’lo arvoredo calado
Do Vasco, seu trovador
Vagueia na madrugada
Sempre embalada p’lo fado
Que se canta com amor
A noite que o Vasco amou
Foi leito onde descansou
Cansaços d'amor fatal
Porque a noite também tem
Poemas onde ninguém
Rejeita o verso final
Ser da noite um filho noite
É merecer um acoite
No abraço genuíno
A noite tem o poder
De apagar e acender
A luz do próprio destino
Mensagem da distância
Letra de José Fernandes Castro
Declamado por Américo Pereira
Daqui, desta cidade apetecida
Refúgio do meu fado redentor
Te envio rosas brancas, minha querida
Em paga do teu doce e grande amor
Daqui também te envio este poema
Ditado pela voz com que te canto
Tu és musa real deste meu tema
Por ti, a solidão não me dói tanto
Aqui, nesta distância que faz lei
O luar não tem um brilho natural
Confesso meu amor, que já nem sei
Se a vida é primavera ou vendaval
Vou tendo a minha cruz, mas no entanto
Consigo ser feliz, porque te quero
Apenas tenho sonhos de quebranto
Na noite em que por ti sou desespero
Declamado por Américo Pereira
Daqui, desta cidade apetecida
Refúgio do meu fado redentor
Te envio rosas brancas, minha querida
Em paga do teu doce e grande amor
Daqui também te envio este poema
Ditado pela voz com que te canto
Tu és musa real deste meu tema
Por ti, a solidão não me dói tanto
Aqui, nesta distância que faz lei
O luar não tem um brilho natural
Confesso meu amor, que já nem sei
Se a vida é primavera ou vendaval
Vou tendo a minha cruz, mas no entanto
Consigo ser feliz, porque te quero
Apenas tenho sonhos de quebranto
Na noite em que por ti sou desespero
O roteiro do passado
Letra de José Fernandes Castro e Serafim Gesta
Música de José Duarte *fado seixal*
Repertório de José Giesta
Vejam bem como é bonito
O fontanário de agora
Tem Santo António no meio
E no nicho do passeio
Tem também Nossa Senhora
Eu não me posso esquecer
Num roteiro do passado
Os operários artistas
Que por serem bons fadistas
Valorizaram o fado
O “Cunha” o “José da Gama”
E o “Avelino Gesta”
Foram alguns dos cantores
Poetas e trovadores
Todos de origem modesta
As castiças sardinheiras
Soltavam pregões à toa
E a mente mais recatada
Lembra “Maria Parada”
E também “Linda Pinhoa”
Este fado tão singelo
Não fala de toda a gente
Porém fala da saudade
Que ficou na mocidade
Mas que no peito se sente
Repertório de José Giesta
Vejam bem como é bonito
O fontanário de agora
Tem Santo António no meio
E no nicho do passeio
Tem também Nossa Senhora
Eu não me posso esquecer
Num roteiro do passado
Os operários artistas
Que por serem bons fadistas
Valorizaram o fado
O “Cunha” o “José da Gama”
E o “Avelino Gesta”
Foram alguns dos cantores
Poetas e trovadores
Todos de origem modesta
As castiças sardinheiras
Soltavam pregões à toa
E a mente mais recatada
Lembra “Maria Parada”
E também “Linda Pinhoa”
Este fado tão singelo
Não fala de toda a gente
Porém fala da saudade
Que ficou na mocidade
Mas que no peito se sente
Fado cultura (humor)
Letra de José Fernandes Castro
Música de Eduardo Damas *Oh tempo volta p’ra trás*
Repertório de João Luís Mendonça
Sou um tipo muito culto
Cheio de filosofia
Até parece um insulto
Eu não ter academia
Andei dez anos na escola
E depois de muito estudo
Fui corrido ao bofetão
Pois esta minha carola
Estilo melão tronchudo
Tem areia até mais não
Sou Burro, mas bonitinho
E um pouco envergonhado
Se tivesse um bom padrinho
Podia ser deputado
Sou Burro, mas lá no fundo
Sou um Burro diferente
E só não sou mister mundo
Porque sou muito doente
D. Diniz o “Lavrador”
Foi rei e fez um pinhal
Eu como sou bem melhor
Vou fazer um areal
E se a coisa der pró torto
Mandarei fazer no Porto
Um império de nabais
Vou às universidades
E também às faculdades
Que têm nabos a mais
Repertório de João Luís Mendonça
Sou um tipo muito culto
Cheio de filosofia
Até parece um insulto
Eu não ter academia
Andei dez anos na escola
E depois de muito estudo
Fui corrido ao bofetão
Pois esta minha carola
Estilo melão tronchudo
Tem areia até mais não
Sou Burro, mas bonitinho
E um pouco envergonhado
Se tivesse um bom padrinho
Podia ser deputado
Sou Burro, mas lá no fundo
Sou um Burro diferente
E só não sou mister mundo
Porque sou muito doente
D. Diniz o “Lavrador”
Foi rei e fez um pinhal
Eu como sou bem melhor
Vou fazer um areal
E se a coisa der pró torto
Mandarei fazer no Porto
Um império de nabais
Vou às universidades
E também às faculdades
Que têm nabos a mais
Proa de Cacilheiro
Letra de José Fernandes Castro
Música de Georgino de Sousa *fado georgino*
Repertório de José Rasgadinho (ao vivo)
Na proa do Cacilheiro
Viajam acomodadas
As gaivotas da cidade
Lembrando ao bom marinheiro
Que as águas ficam salgadas
Sempre que chora a saudade
Da proa podemos ver
O pôr-do-sol a nascer
Do jeito mais natural
Pôr-do-sol que sempre traz
O doce clarão da paz
Dando luz a Portugal
Cacilheiros são a história
Dum tempo feito glória
Que na memória ficou
Sopros dum tempo passado
Em que pela voz do fado
Portugal se transformou
Repertório de José Rasgadinho (ao vivo)
Na proa do Cacilheiro
Viajam acomodadas
As gaivotas da cidade
Lembrando ao bom marinheiro
Que as águas ficam salgadas
Sempre que chora a saudade
Da proa podemos ver
O pôr-do-sol a nascer
Do jeito mais natural
Pôr-do-sol que sempre traz
O doce clarão da paz
Dando luz a Portugal
Cacilheiros são a história
Dum tempo feito glória
Que na memória ficou
Sopros dum tempo passado
Em que pela voz do fado
Portugal se transformou
Beijos
Letra de José Fernandes Castro
Letra de Carlos Neves *fado tamanquinhas*
Repertório de Silva Machado (ao vivo)
Dei-te um beijo e percebi
Como matar um desejo
Confesso que foi por ti
Que senti e descobri
A alma pura do beijo
Dei-te um beijo penetrante
Demorado e sonhador
Um beijo foi o bastante
Para tornar mais constante
Este meu sonho d’amor
Um beijo, quando sonhado
Tem um sabor diferente
Umas vezes sabe a fado
Outras vezes, por pecado
Sabe aos caprichos da mente
E quando o beijo acontece
Duma forma natural
O coração estremece
O medo desaparece
E a vida é sonho real
Repertório de Silva Machado (ao vivo)
Dei-te um beijo e percebi
Como matar um desejo
Confesso que foi por ti
Que senti e descobri
A alma pura do beijo
Dei-te um beijo penetrante
Demorado e sonhador
Um beijo foi o bastante
Para tornar mais constante
Este meu sonho d’amor
Um beijo, quando sonhado
Tem um sabor diferente
Umas vezes sabe a fado
Outras vezes, por pecado
Sabe aos caprichos da mente
E quando o beijo acontece
Duma forma natural
O coração estremece
O medo desaparece
E a vida é sonho real
Só me conheço por ti
Letra de José Fernandes Castro
Música de João Blak *fado menor do porto*
Repertório de Américo Pereira (em vídeo)
Não conheço a cor do sonho
Nem sei se o sonho tem cor
Apenas sei que componho
Para ti... versos d’amor
Não conheço a cor do mar
Nem lhe conheço a idade
Apenas sei que ao cantar
Sou a onda da saudade
Não conheço a primavera
Nem sei se ela vem ou não
Só sei que minh’alma encerra
O inverno da paixão
Não me conheço por dentro
Quando estás dentro de mim
Só sei que no pensamento
És fado que não tem fim
Repertório de Américo Pereira (em vídeo)
Não conheço a cor do sonho
Nem sei se o sonho tem cor
Apenas sei que componho
Para ti... versos d’amor
Não conheço a cor do mar
Nem lhe conheço a idade
Apenas sei que ao cantar
Sou a onda da saudade
Não conheço a primavera
Nem sei se ela vem ou não
Só sei que minh’alma encerra
O inverno da paixão
Não me conheço por dentro
Quando estás dentro de mim
Só sei que no pensamento
És fado que não tem fim
Natal, Natal
Letra de José Fernandes Castro
Música de Raúl Ferrão *fado maria severa*
António Passos ao vivo na RF
Dezembro tem outra luz
E tem um brilho mais redentor
Dezembro lembra Jesus
Filho perfeito do Criador
Dezembro tem a esperança
António Passos ao vivo na RF
Dezembro tem outra luz
E tem um brilho mais redentor
Dezembro lembra Jesus
Filho perfeito do Criador
Dezembro tem a esperança
A bailar muito melhor
No olhar duma criança
No olhar duma criança
O sonho nunca se cansa
E tudo tem nova cor;
A cor do amor
Chegou o Natal
E tudo tem nova cor;
A cor do amor
Chegou o Natal
O mundo mudou
Já nada é igual
Já nada é igual
Aos dias normais
Chegou o Natal
Chegou o Natal
O amor duplicou
Mas p’ra nosso mal
Mas p’ra nosso mal
Não há mais natais
Há sinos que vão tocando
Quase cantando lindas canções
Vão pondo mais nostalgia
E mais magia nos corações
Dezembro devia ter
Há sinos que vão tocando
Quase cantando lindas canções
Vão pondo mais nostalgia
E mais magia nos corações
Dezembro devia ter
Uma longa duração
E o Natal devia ser
E o Natal devia ser
Um jardim a florescer
Na palma de cada mão;
E no coração
Na palma de cada mão;
E no coração
Sandra
Letra de José Fernandes Castro
Música de José Lopes (Zézito)
Repertório de Duo Cintilante
Tudo em ti me fascina
Tudo em ti é paixão
És farol que ilumina
Os versos desta canção
Sei que vamos conseguir
A mais bonita união
Nascida do nosso beijo
Dia a dia vão surgir
Razões para o coração
Arder no nosso desejo
Sei que vamos decifrar
A cor da nossa verdade
No fogo da sedução
Diremos o verbo amar
Revestindo a felicidade
Através desta paixão
Repertório de Duo Cintilante
Tudo em ti me fascina
Tudo em ti é paixão
És farol que ilumina
Os versos desta canção
Sei que vamos conseguir
A mais bonita união
Nascida do nosso beijo
Dia a dia vão surgir
Razões para o coração
Arder no nosso desejo
Sei que vamos decifrar
A cor da nossa verdade
No fogo da sedução
Diremos o verbo amar
Revestindo a felicidade
Através desta paixão
Esconderijo
Letra de José Fernandes Castro
Música de Miguel Ramos *fado alberto*
Repertório de Manuel Delindro
Escondi-me da vida p'ra que o tempo
Passasse devagar, mas mesmo assim
A vida descobriu-me em sentimento
E manteve o amor perto de mim
Escondi-me do sonho mais perfeito
P'ra não sentir o medo nem a dor
O sonho acomodou-se no meu peito
E dele fez o leito do amor
Escondi-me também do teu sorriso
P'ra não mais sucumbir ao teu encanto
Mais tarde descobri o paraíso
No sorriso que tens e que amo tanto
Agora nada escondo, tudo dou
Dou alma em cada verso musicado
Agora, meu amor, sei o que sou
Agora, meu amor, sou o teu fado
Música de Miguel Ramos *fado alberto*
Repertório de Manuel Delindro
Escondi-me da vida p'ra que o tempo
Passasse devagar, mas mesmo assim
A vida descobriu-me em sentimento
E manteve o amor perto de mim
Escondi-me do sonho mais perfeito
P'ra não sentir o medo nem a dor
O sonho acomodou-se no meu peito
E dele fez o leito do amor
Escondi-me também do teu sorriso
P'ra não mais sucumbir ao teu encanto
Mais tarde descobri o paraíso
No sorriso que tens e que amo tanto
Agora nada escondo, tudo dou
Dou alma em cada verso musicado
Agora, meu amor, sei o que sou
Agora, meu amor, sou o teu fado
Ciganita mulher
Letra de José Fernandes Castro
Música de Carlos da Maia *fado perseguição
Repertório de Manuel Salé (ao vivo)
Ciganita d’olhar puro
Que lês na palma da mão
O futuro das manhãs
Acautela o teu futuro
Para que teu coração
Não sofra promessas vãs
Ciganita, tem cuidado
Porque nos sopros da alma
Música de Carlos da Maia *fado perseguição
Repertório de Manuel Salé (ao vivo)
Ciganita d’olhar puro
Que lês na palma da mão
O futuro das manhãs
Acautela o teu futuro
Para que teu coração
Não sofra promessas vãs
Ciganita, tem cuidado
Porque nos sopros da alma
A tempestade é atroz
Cada um tem o seu fado
E a alma não se acalma
Cada um tem o seu fado
E a alma não se acalma
Quando não lhe damos voz
Tens contigo a singeleza
E o dom de adivinhar
Tens contigo a singeleza
E o dom de adivinhar
As paixões de quem se que
Porém não tens, concerteza
Alguém, a quem dedicar
Porém não tens, concerteza
Alguém, a quem dedicar
Os teus sonhos de mulher
E lá vais de rua em rua
Buscando linhas da mão
E lá vais de rua em rua
Buscando linhas da mão
Como quem busca verdade
Ciganita continua
Em busca duma paixão
Ciganita continua
Em busca duma paixão
Que te dê felicidade
Deambulação poética
José Fernandes Castro
Declamado por Américo Pereira
Ali, ao dobrar da esquina
Apreciando a beleza
Duma jovial menina
De raça bem portuguesa;
Reparei que a natureza
Tem coisas intemporais
Que talvez sejam normais
Para quem pouco conhece
Porém, a mim me parece
Declamado por Américo Pereira
Ali, ao dobrar da esquina
Apreciando a beleza
Duma jovial menina
De raça bem portuguesa;
Reparei que a natureza
Tem coisas intemporais
Que talvez sejam normais
Para quem pouco conhece
Porém, a mim me parece
Que a natureza destina
Uma luz quase divina
Uma luz quase divina
Que quase sempre escurece;
E quando o tempo amanhece
E quando o tempo amanhece
Da forma mais genuína
Qualquer sol desaparece
Qualquer sol desaparece
Ali ao dobrar da esquina
Ali ao dobrar do tempo
Ali ao dobrar do tempo
Temendo o tempo que vinha
Reparei quanto é mesquinha
Reparei quanto é mesquinha
A alma do pensamento;
Tão frágil é o momento
Tão frágil é o momento
Em que as vidas se desatam
E por vezes se maltratam
E por vezes se maltratam
Com a dor do sofrimento;
P’la falta de sentimento
P’la falta de sentimento
Há sorrisos de negrura
O sol é de pouca dura
O sol é de pouca dura
A lua é raro sustento;
Enquanto no firmamento
Enquanto no firmamento
Uma estrela chora triste
Porque pouco ou nada existe
Porque pouco ou nada existe
Ali ao dobrar do tempo
Ali ao dobrar da vida
Ali ao dobrar da vida
Projetada para a morte
Reparei o quanto é forte
Reparei o quanto é forte
A memória da partida;
Ai sorte... maldita sorte
Ai sorte... maldita sorte
Que andas de mim fugida
Desviando-me do norte
Ali ao dobrar da vida
Desviando-me do norte
Ali ao dobrar da vida
Poema de maio
Letra de José Fernandes Castro
Música de André Teixeira
Repertório de Mariana Correia
Meu tempo de viver sempre amarrado
Ao som do som que tem a voz maior
Irrompe na minh’alma quando o fado
Ocupa o espaço certo do amor
Meu tempo de viver alegremente
Atravessa comigo qualquer mar
Imponente… sem querer ser imponente
Ousado… sem sequer querer ousar
Metida nesta pele a que pertenço
Apenas tenho em mim, para viver
Invernos onde o céu parece imenso
Outonos onde a lua é mais mulher
Irrompe na minh’alma quando o fado
Ocupa o espaço certo do amor
Irrompe na minh’alma
Quanto fado
Música de André Teixeira
Repertório de Mariana Correia
Meu tempo de viver sempre amarrado
Ao som do som que tem a voz maior
Irrompe na minh’alma quando o fado
Ocupa o espaço certo do amor
Meu tempo de viver alegremente
Atravessa comigo qualquer mar
Imponente… sem querer ser imponente
Ousado… sem sequer querer ousar
Metida nesta pele a que pertenço
Apenas tenho em mim, para viver
Invernos onde o céu parece imenso
Outonos onde a lua é mais mulher
Irrompe na minh’alma quando o fado
Ocupa o espaço certo do amor
Irrompe na minh’alma
Quanto fado
Amor tão nosso
Letra de José Fernandes Castro
Música de Miguel Ramos *fado margarida*
Repertório de José Neves (ao vivo)
Quem fez o nosso amor soube o que fez
Ao dar-lhe o som dum fado que é só nosso
O nosso amor cantado em português
Mantém os corações em alvoroço
Quem fez o nosso amor deu-lhe o ciúme
Normal, como normal é a certeza
Que mesmo nos momentos de azedume
A chama da paixão mantém-se acesa
Quem fez o nosso amor também lhe deu
O brilho duma lágrima furtiva
A ligação do mar ao próprio céu
Mantém a natureza sempre ativa
Pensando bem melhor... o nosso amor
Que tem deixado as mágoas pra depois
É o jardim perfeito que deu flor
Pois quem fez o amor, fomos nós dois
Música de Miguel Ramos *fado margarida*
Repertório de José Neves (ao vivo)
Quem fez o nosso amor soube o que fez
Ao dar-lhe o som dum fado que é só nosso
O nosso amor cantado em português
Mantém os corações em alvoroço
Quem fez o nosso amor deu-lhe o ciúme
Normal, como normal é a certeza
Que mesmo nos momentos de azedume
A chama da paixão mantém-se acesa
Quem fez o nosso amor também lhe deu
O brilho duma lágrima furtiva
A ligação do mar ao próprio céu
Mantém a natureza sempre ativa
Pensando bem melhor... o nosso amor
Que tem deixado as mágoas pra depois
É o jardim perfeito que deu flor
Pois quem fez o amor, fomos nós dois
Voltei à vida
Letra de José Fernandes Castro
Música de Júlio de Sousa *fado loucura*
Repertório de Lúcio Bamond
Estou aqui voltei à vida
Voltei p’ra continuar
A ser o que quero ser
Estou aqui de voz erguida
Se nasci para cantar
A cantar quero viver
Venci o medo
Música de Júlio de Sousa *fado loucura*
Repertório de Lúcio Bamond
Estou aqui voltei à vida
Voltei p’ra continuar
A ser o que quero ser
Estou aqui de voz erguida
Se nasci para cantar
A cantar quero viver
Venci o medo
Que me trazia amarrado
E me dizia que o fado,
E me dizia que o fado,
Que era meu, ia ter fim
Venci as dores
Da alma que Deus me deu
Agora olho p’ró céu
Agora olho p’ró céu
Porque o céu olha por mim
Estou aqui de corpo inteiro
O meu tempo derradeiro
Tem o destino p’la frente
Estou aqui na minha praia
Sou onda que não desmaia
Nem se perde na corrente
Estou aqui de corpo inteiro
O meu tempo derradeiro
Tem o destino p’la frente
Estou aqui na minha praia
Sou onda que não desmaia
Nem se perde na corrente
Bailados na voz
Letra de José Fernandes Castro
Música de Martinho d’Assunção
Repertório de Mariana Correia
Baila na minha voz o nome da cidade
Que vestiu de beleza as rimas do meu fado
Baila na minha voz a naturalidade
Duma casta princesa e dum rei encantado
Baila na minha voz a magia dum rio
Que tem as ninfas todas duma lenda bairrista
Baila na minha voz o som do casario
A alma dos poetas e a musa mais fadista
Baila na minha voz o nome que te dei
Que sendo o que mais gosto, é sempre o mais bonito
Baila na minha voz um fado que gerei
Para te pôr no rosto um sol quase infinito
Música de Martinho d’Assunção
Repertório de Mariana Correia
Baila na minha voz o nome da cidade
Que vestiu de beleza as rimas do meu fado
Baila na minha voz a naturalidade
Duma casta princesa e dum rei encantado
Baila na minha voz a magia dum rio
Que tem as ninfas todas duma lenda bairrista
Baila na minha voz o som do casario
A alma dos poetas e a musa mais fadista
Baila na minha voz o nome que te dei
Que sendo o que mais gosto, é sempre o mais bonito
Baila na minha voz um fado que gerei
Para te pôr no rosto um sol quase infinito
Avezinhas felizes
Letra de José Fernandes Castro *3 estrofes*
e Lino Lobão *4ª estrofe*
Música de Lino Lobão
Repertório de Lino Lobão
Eram duas avezinhas
Cada uma com um ninho
Onde a rotina morava
Mas apesar de sozinhas
Não lhes faltava o carinho
Que a natureza lhes dava
Tinham à sua mercê
A liberdade bastante
e Lino Lobão *4ª estrofe*
Música de Lino Lobão
Repertório de Lino Lobão
Eram duas avezinhas
Cada uma com um ninho
Onde a rotina morava
Mas apesar de sozinhas
Não lhes faltava o carinho
Que a natureza lhes dava
Tinham à sua mercê
A liberdade bastante
Para viverem felizes
Só não tinham, bem se vê
Um amor puro, constante
Só não tinham, bem se vê
Um amor puro, constante
Para criarem raízes
Porém, num bendito dia
Cruzaram-se no caminho
Porém, num bendito dia
Cruzaram-se no caminho
Que o céu da vida mostrou
E assim nasceu, por magia
O símbolo do carinho
E assim nasceu, por magia
O símbolo do carinho
Com que a paixão as brindou
Como essas avezinhas
Há quem escreva na vida
Como essas avezinhas
Há quem escreva na vida
Uns lindos versos amor
Mas se ficarem sozinhas
Choram a vida perdida
Mas se ficarem sozinhas
Choram a vida perdida
Cantando versos de dor
Amor aniquilado
Letra e José Fernandes Castro
Música de Miguel Ramos *fado alberto*
Repertório de Berta Miranda
Da vida que passei inutilmente
Matei tudo o que havia p'ra matar
Só não matei a forma deprimente
Que tenho quando quero em ti falar
Pois sempre que o teu rosto me aparece
Desperta esta saudade magoada
Que me dói muito mais, porque enlouquece
E mais parece sombra enfeitiçada
Matei todas as más recordações
Daquele amor vazio, sem ter céu
Matei também aquelas deceções
Que recebe quem ama como eu
Matei a solidão, matei o tempo
Matei até a cor da felicidade
Só não matei a luz que cá por dentro
Se mantém com a mesma intensidade
Música de Miguel Ramos *fado alberto*
Repertório de Berta Miranda
Da vida que passei inutilmente
Matei tudo o que havia p'ra matar
Só não matei a forma deprimente
Que tenho quando quero em ti falar
Pois sempre que o teu rosto me aparece
Desperta esta saudade magoada
Que me dói muito mais, porque enlouquece
E mais parece sombra enfeitiçada
Matei todas as más recordações
Daquele amor vazio, sem ter céu
Matei também aquelas deceções
Que recebe quem ama como eu
Matei a solidão, matei o tempo
Matei até a cor da felicidade
Só não matei a luz que cá por dentro
Se mantém com a mesma intensidade
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