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Sombra calada

Letra de José Fernandes Castro
Música de Raúl Ferrão *fado carriche*
Repertório de Eugénia Andrade


Apesar do desespero
Que marca a minha rotina
Ainda sou o que quero
Pois o mal não me domina

Tenho em mim golpes profundos / Duma vida arrasadora
Mas vou juntando os segundos / E vou tendo a minha hora

Com a alma destroçada / Pela dor e p’lo cansaço
Sou uma sombra calada / Que defende o seu espaço

O fado é meu protetor / A saudade é conselheira
Hei-de vencer esta dor / Que me quer por companheira