Sede na Ribeira (humor)

Letra de José Fernandes Castro
Música de Carlos Alberto França
Repertório de Zé Carvalho


Tinto verde ou verde tinto 
Verde branco ou carrascão
Por ser piela distinto 
Bebo Lagosta e Gatão

Se a pomada for porreira 
Bebo um litro de repente
Água? nem por brincadeira 
Leite? tirai-mo da frente

Bebo champanhe do francês 
Também bebo Asti Gãncia
Whisky do escocês 
Esse vai sempre á ganância

Se a dose for bem medida 
Até me torna mais leve
E o que se leva da vida 
É somente o que se bebe

Gosto bem dumas pielas
Não falto a nenhuma prova
Gosto da ginja com elas
P’ra ser de caixão à cova
Beber para divertir
A qualquer um sabe bem
Você não se esteja a rir
Que não engana ninguém


Bebo maduro da Meda 
Bebo Borba e Monsaraz
Não há nada que não beba 
Com excepção da água-rás

Bebo Ponte de Amarante
Também bebo Aldeia Velha
E quando ando badante 
Vai refresco de groselha

Bebo Rosé e Sumol 
E até bebo Vila Faia
Ao tomar banhos de sol 
Bebo refrescos na praia

Beber por gosto não cansa 
Sigam pois os meus conselhos
Quando lhes doer a pança 
Bebam Águas Carvalhelhos