Um fado à mercê da vida

Letra de José Fernandes Castro
Música de Carlos Rocha *sempre que Lisboa canta*
Repertório de Nelson Duarte


Eu sou um tempo perdido
Nas madrugadas da vida
Sou um fado acontecido
Numa noite florida

Sou um barco sem maré 
Neste mar por navegar
Sou alma cheia de fé
Que passa a vida a cantar

Quando a saudade magoa
Minh’alma entoa esta canção
E o soluço se apregoa
Mesmo que doa no coração
Quando a saudade faz lei
As outras leis são tempo errado
A saudade a que me dei
Tem as leis do próprio fado


Eu sou o sopro fugaz 
Duma brisa matinal
Sou um poema de paz 
Numa guerra triunfal

Sou um livro que se lê 
Sou um verso que alguém quer
E assim ando á mercê 
Do que a vida me trouxer